O Governo de Moçambique reconheceu ter dificuldades para localizar cerca de 300 antigos guerrilheiros da RENAMO, o que tem atrasado o pagamento das suas pensões no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR).
Durante uma sessão parlamentar, onde o Executivo apresentou o Programa Quinquenal do Governo (PQG) 2025-2029, o ministro da Planificação e Desenvolvimento, Salim Valá, explicou que a atribuição de pensões aos ex-combatentes está na fase final. No entanto, a maior preocupação atualmente é encontrar os 298 desmobilizados que ainda constam na lista do DDR.
De acordo com os números atualizados esta sexta-feira (25/04), 4.536 dos 5.221 antigos membros armados da RENAMO — então o principal partido da oposição — já começaram a receber suas pensões, conforme os acordos de paz assinados em Maputo.
O ministro informou também que estão em andamento processos para corrigir irregularidades envolvendo 92 ex-guerrilheiros e que outros 84 casos ainda estão em análise para possível inclusão na lista de beneficiários.
Em outubro do ano passado, o Governo já tinha anunciado que 3.816 ex-combatentes estavam a receber seus subsídios.
O processo de DDR teve início em 2018, resultado do entendimento entre o Governo e a RENAMO, e incluiu um total de 5.221 combatentes desmobilizados, entre eles 257 mulheres. O processo foi oficialmente concluído em junho de 2023, com o encerramento da base de Vunduzi, no distrito de Gorongosa, província de Sofala.
Governo Não Sabe Onde Estão 300 Ex-Guerrilheiros da RENAMO
