Após a morte de Papa Pio XII em 1958, o corpo foi embalsamado por Dr. Giovanni Battista Montini, que mais tarde se tornaria o Papa Paulo VI. Durante o processo de embalsamamento, ocorreu um erro técnico significativo que comprometeu a preservação do corpo, resultando em uma acumulação de gases no interior, o que foi interpretado como uma espécie de “explosão” interna.
Esse fenômeno foi causado pelo uso excessivo de conservantes como o formaldeído, que, em vez de preservar o corpo de forma eficiente, acelerou o processo de decomposição. O formaldeído, quando usado em grandes quantidades, pode ter o efeito contrário ao desejado, gerando uma decomposição mais rápida e a liberação de gases de forma acelerada. Esse tipo de erro é comum em corpos que não são embalsamados corretamente, mas no caso de Pio XII, a situação foi muito mais notável devido à sua posição como líder da Igreja Católica e à grande importância simbólica de seu corpo para o Vaticano.
A explosão dos gases foi interpretada como um fenômeno incomum, levando a especulações sobre o processo de embalsamamento no Vaticano e gerando discussões sobre as práticas adotadas na preservação dos papas. Este incidente ficou marcado como um exemplo das complexas e, por vezes, problemáticas técnicas envolvidas nos procedimentos de conservação de figuras de grande relevância e a repercussão que tais falhas podem ter na imagem institucional da Igreja.
Em resumo, o erro técnico durante o embalsamamento de Pio XII gerou um episódio que, embora fosse um fenômeno relativamente comum em corpos mal conservados, ganhou grande destaque devido à sua importância histórica e religiosa, tornando-se um tema de interesse contínuo nas discussões sobre os cuidados com a preservação dos corpos dos papas.
