O governo de transição do Mali anunciou a dissolução de todos os partidos políticos do país e confirmou o coronel Assimi Goita como líder nacional pelos próximos cinco anos.
A decisão foi tomada após uma conferência política nacional realizada em Bamako, capital do país, onde representantes discutiram o rumo político da nação.
Nos últimos anos, o Mali tem enfrentado forte instabilidade política, marcada por protestos populares, violência e insatisfação generalizada com a má gestão dos sucessivos governos civis. Diante desse cenário, as Forças Armadas, lideradas por Goita, assumiram o poder após dois golpes de Estado em 2020 e 2021.
Inicialmente, Goita havia demonstrado pouco interesse em permanecer no comando de forma prolongada, destacando que sua intervenção visava principalmente corrigir os erros da classe política e restaurar a ordem num país mergulhado em crise.
Com o tempo, no entanto, sua gestão começou a ganhar apoio popular, especialmente por implementar algumas reformas e garantir maior estabilidade em regiões antes dominadas por conflitos.
A decisão da conferência política de estender o mandato de Goita reflete esse apoio crescente, consolidando-o como presidente para os próximos cinco anos, sob um regime liderado pelos militares.
