Em julho de 2015, o pequeno município de La Entrada, em Honduras, foi palco de um dos casos mais perturbadores da década. Neysi Pérez, uma adolescente de apenas 16 anos, foi declarada morta após sofrer um colapso repentino, supostamente provocado por um ataque de pânico após ouvir disparos perto de sua casa. Grávida de três meses e recém-casada, ela foi enterrada no mesmo dia, usando seu vestido de casamento.
No entanto, o que parecia ser apenas uma tragédia ganhou contornos de terror no dia seguinte. Rudy Gonzales, seu jovem marido, decidiu visitar o túmulo e ficou em choque ao ouvir gritos e batidas vindo de dentro da sepultura. “Estava chorando, gritando por ajuda. Eu fiquei desesperado”, contou ele à imprensa local. Familiares e funcionários do cemitério ajudaram a abrir o túmulo rapidamente. O caixão de vidro apresentava rachaduras e havia sinais claros de que a jovem havia tentado escapar: suas unhas estavam quebradas e seu rosto apresentava arranhões.
Neysi foi retirada do caixão às pressas e levada ao hospital, mas infelizmente já estava sem vida. Os médicos declararam que não havia mais sinais vitais, e a família foi obrigada a enterrá-la novamente — desta vez, com a certeza de que estava morta.
Especialistas levantaram hipóteses de que a adolescente poderia ter sofrido de catalepsia, uma condição neurológica rara que causa uma paralisia temporária, podendo ser facilmente confundida com morte. Outros sugeriram que ela poderia ter tido um ataque epilético ou cardíaco que simulou um estado de morte aparente.
A comoção em Honduras foi intensa. O caso se espalhou rapidamente pelas redes sociais e ganhou repercussão internacional, sendo noticiado por veículos como ABC, El Periódico, Clarín e VICE. Vídeos mostrando o momento da exumação circularam amplamente, chocando o público com a possibilidade de que Neysi tenha sido enterrada viva por erro médico ou negligência.
Esse caso reacendeu discussões sobre diagnósticos médicos incorretos, a necessidade de observação prolongada de pacientes antes de declarar óbito, e práticas funerárias apressadas em comunidades com acesso limitado à saúde de qualidade.
