A Louis Vuitton surpreendeu o mundo da moda ao lançar uma peça icônica e polêmica: uma bolsa em formato de avião, avaliada em impressionantes 39 mil dólares. A criação inusitada não apenas representa o luxo extremo, mas também levanta questões sobre os limites do design e da sátira na moda contemporânea.
Desenhada por Virgil Abloh, saudoso diretor artístico da linha masculina da Louis Vuitton, a bolsa foi apresentada pela primeira vez na coleção outono/inverno de 2021. Produzida com o tradicional couro monogramado da marca, a peça traz detalhes meticulosos como asas, turbinas, fuselagem e até uma cabine de piloto — uma verdadeira miniatura estilizada de uma aeronave.
O objetivo? Questionar os padrões da moda, misturando funcionalidade com fantasia e arte com provocação.
Apesar do design arrojado, a bolsa gerou controvérsias: críticos alegam que ela simboliza o exagero capitalista, lembrando que um avião real modelo Cessna 150 de 1968 pode custar menos do que a peça. Outros, no entanto, defendem que se trata de uma obra de arte portátil e uma provocação inteligente ao mercado de luxo.
Segundo o portal Highsnobiety, a bolsa rapidamente se tornou objeto de culto entre colecionadores e fashionistas, sendo apontada como uma das obras mais marcantes do legado de Abloh. Já a CNN Style e a GQ destacaram a criação como um divisor de águas entre o design tradicional e o experimentalismo irônico que o estilista promovia.
“Virgil queria transformar o que era normal em extraordinário. Esta bolsa não é apenas um acessório — é uma declaração”, destacou Michael Burke, CEO da Louis Vuitton na época do lançamento.
A “bolsa-avião” reafirma o papel da Louis Vuitton em liderar discussões sobre o que é luxo, arte e inovação no vestuário moderno — mesmo que, para isso, precise decolar rumo ao inesperado.