Moçambique está listado entre as nações africanas que podem enfrentar uma escassez crítica de água nos próximos cinco anos. O alerta foi feito pelo representante do Banco Mundial, Luc Lecuit, durante um evento em Maputo.
Segundo Lecuit, estima-se que até 2030 mais de 350 milhões de africanos viverão em centros urbanos com crescente escassez de água. Ele apontou que os países mais vulneráveis a essa crise iminente incluem a República Democrática do Congo, Tanzânia, Uganda e Moçambique.
As conclusões fazem parte do relatório de 2023 do programa conjunto da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), apresentado na capital moçambicana. O documento apresenta diversas recomendações para evitar o colapso no acesso à água potável.
Entre as principais medidas propostas estão a implementação de reformas políticas e institucionais que definam claramente as responsabilidades de gestão hídrica, além de investimentos em infraestruturas de armazenamento tanto naturais quanto artificiais. Essas ações visam aumentar a resiliência das cidades diante de eventos climáticos extremos como secas prolongadas e cheias intensas.
O alerta foi feito durante o 16º Simpósio de Hidráulica e Recursos Hídricos, realizado em paralelo ao Congresso de Planeamento e Gestão das Zonas Costeiras dos Países de Língua Portuguesa, que decorre esta semana em Maputo.
