Superdosagem? Bebê em Coma Após Cirurgia no HCPA Levanta Suspeitas

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul está a apurar as circunstâncias que levaram um bebê de um ano a entrar em coma após uma cirurgia no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). A criança, que reside com a mãe em Capão da Canoa, encontra-se hospitalizada há cerca de um mês, em estado considerado grave.

De acordo com informações preliminares obtidas pela investigação, a criança foi levada à unidade hospitalar no início de maio para tratar de complicações no sistema digestivo. Estavam previstas duas intervenções cirúrgicas, mas após o primeiro procedimento o bebê apresentou agravamento do quadro clínico e precisou ser entubado.

Familiares relataram aos investigadores que o menino chegou a ficar sem respirar e com a pele roxa, necessitando de reanimação por aproximadamente dez minutos. A principal suspeita levantada até o momento é de que tenha ocorrido uma possível superdosagem de medicamentos analgésicos administrados no pós-operatório.

A ocorrência foi formalizada na noite de terça-feira na 3ª Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). A delegada responsável pelo caso, Alice Fernandes, confirmou na manhã desta quarta-feira (5) que foi instaurado um inquérito para apurar os fatos.

“Assim que tomamos conhecimento da situação, instauramos o inquérito policial para investigar com profundidade o que pode ter levado esse bebê ao coma durante sua internação. A investigação ainda está no início, mas já estão programados os primeiros depoimentos, e outras diligências serão realizadas conforme necessário”, declarou a delegada.

Nota Oficial do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Em comunicado, o Hospital de Clínicas confirmou que houve um evento adverso grave durante o atendimento do bebê, provavelmente relacionado à aplicação de medicamentos analgésicos no período pós-cirúrgico.

A direção do hospital informou que está em constante diálogo com os familiares desde o primeiro momento e que lamenta profundamente o ocorrido. A instituição afirma ainda que tem oferecido acompanhamento integral à criança, à família e às equipes envolvidas, por meio de uma abordagem multidisciplinar que inclui apoio médico e psicológico.

O hospital também informou que abriu uma apuração interna para entender a cadeia de acontecimentos, com o objetivo de revisar e aprimorar os protocolos adotados. Medidas preventivas e corretivas já estão em andamento, reforçando o compromisso da instituição com a segurança e a qualidade dos atendimentos.

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