Quelimane, 15 de junho de 2025 – O edil de Quelimane, Manuel de Araújo, manifestou publicamente sua insatisfação com a morosidade no julgamento do processo relacionado ao polémico caso dos 7 mil eleitores fantasmas, ocorrido durante as eleições autárquicas de 2023.
Falando esta tarde, De Araújo questionou o fato de um crime eleitoral, supostamente cometido em 2023, só agora estar a caminho do julgamento em junho de 2025. Para ele, um caso dessa natureza deveria ter sido tratado com maior urgência, não apenas por envolver interesses coletivos, mas também para evitar a repetição de fraudes eleitorais.
“Não se compreende que um processo de tamanha gravidade demore dois anos para chegar ao tribunal. Isso abre espaço para a impunidade”, afirmou o presidente do município, referindo-se ao antigo diretor do STAE (Secretariado Técnico de Administração Eleitoral) em Quelimane, Assane Ussene, que figura como principal implicado no caso.
Manuel de Araújo apelou à mobilização da população local, convidando todos os cidadãos interessados a acompanharem a sessão de leitura da sentença, marcada para a manhã da próxima quinta-feira, 19 de junho, no Tribunal Judicial da Cidade de Quelimane.
“No dia da sentença, os munícipes devem marcar presença. É um direito cívico acompanhar a Justiça em ação”, enfatizou De Araújo, destacando que se trata de um crime público que afeta diretamente a legitimidade do processo eleitoral e a confiança da população nas instituições.
