Daniel Chapo, presidente da Frelimo, voltou a destacar nesta sexta-feira (23) a importância de garantir eleições pacíficas em Moçambique, defendendo que o espírito democrático deve prevalecer após o anúncio dos resultados, com os candidatos derrotados reconhecendo e felicitando os vencedores.

Durante a inauguração do Seminário de Indução da Bancada Parlamentar da Frelimo, Chapo utilizou novamente uma analogia com o futebol para ilustrar a importância da aceitação dos resultados eleitorais e da convivência pacífica entre os concorrentes, mesmo após disputas acirradas.

“Seria ideal que quem perde pegasse no telefone, ligasse para o vencedor e lhe desse os parabéns, sabendo que daqui a cinco anos há novas eleições. Precisamos trabalhar juntos, como irmãos moçambicanos, para o desenvolvimento do país”, defendeu Chapo.

Ainda recorrendo ao exemplo do futebol, afirmou que o facto de uma equipa ter jogadores expulsos durante a partida não invalida a legitimidade do resultado final.

“O árbitro está lá com cartões justamente porque sabe que haverá faltas. Mesmo que uma equipa esteja a vencer por 2 a 0 e dois dos seus jogadores sejam expulsos por irregularidades, isso não anula o placar. O resultado permanece válido”, explicou.

Ao abordar diretamente o processo eleitoral, Chapo destacou que a existência de algumas irregularidades não implica, necessariamente, a invalidação do processo.

“Ser agentes de estabilidade política significa compreender que durante a disputa, como nos 90 minutos de um jogo, há conflitos e erros. Mas, ao final, é preciso reconhecer o resultado, como fazem os jogadores que se cumprimentam e até trocam camisolas, independentemente do vencedor”, concluiu.