Justiça Sul-Africana Rejeita Pedido de Jacob Zuma para Encerrar Processo por Corrupção

O ex-presidente da África do Sul, Jacob Zuma, teve mais uma derrota judicial. Um tribunal superior do país recusou, nesta terça-feira (4), o pedido apresentado por Zuma para arquivar o processo em que responde por corrupção, lavagem de dinheiro e extorsão. O caso envolve também a empresa francesa Thales e remonta a um controverso contrato de armamento firmado em 1999.

Zuma e Thales solicitaram o fim das acusações, alegando que os sucessivos atrasos no andamento do processo e a morte de duas testemunhas fundamentais comprometeram seu direito a um julgamento justo. No entanto, o juiz responsável entendeu que boa parte dessas demoras foi provocada pela própria defesa do ex-presidente, além de manobras da companhia envolvida.

As acusações contra ambos existem há mais de uma década e, desde então, o processo vem sendo marcado por adiamentos frequentes, disputas jurídicas e contestações formais. Embora o Estado tenha afirmado estar preparado para iniciar o julgamento desde quatro anos atrás, o processo continuou a ser postergado devido a insistentes tentativas da defesa de Zuma para afastar o promotor Billy Downer, a quem acusam de parcialidade.

Zuma ocupava o cargo de vice-presidente da República à época do polêmico acordo de armas. Entre os crimes que lhe são imputados estão fraudes fiscais e corrupção, com ligações ao seu antigo conselheiro financeiro, Schabir Shaik — condenado em 2005 por corrupção e fraude.

O tribunal definiu que o processo contra Zuma e a empresa Thales terá continuidade, com nova audiência marcada para 4 de dezembro.

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