China alerta os EUA sobre venda de armas a Taiwan e define linha vermelha nas relações bilaterais

O governo chinês voltou a manifestar forte oposição à possível intensificação do apoio militar dos Estados Unidos a Taiwan, classificando a questão da ilha como um ponto crítico e inegociável nas relações sino-americanas.

Durante uma conferência de imprensa na sexta-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, reagiu a uma matéria publicada pela agência Reuters que indicava planos de Washington para ampliar o fornecimento de armamentos a Taipei. “A China rejeita de forma categórica a venda de armas dos EUA à província chinesa de Taiwan”, declarou Lin, reforçando que a questão taiwanesa está no âmago dos interesses essenciais da nação chinesa.

Segundo fontes anônimas citadas pela Reuters, os Estados Unidos pretendem elevar significativamente o volume de vendas militares a Taiwan nos próximos anos, caso Donald Trump seja reeleito, superando os valores registrados durante o seu primeiro mandato — numa estratégia voltada a conter possíveis avanços militares de Pequim na região.

As mesmas fontes revelaram ainda que Washington está em diálogo com membros da oposição política em Taiwan, buscando apoio à proposta do atual governo taiwanês de elevar os investimentos em defesa para o equivalente a 3% do PIB nacional.

Dados apontam que, no primeiro mandato de Trump, as vendas de armas para Taiwan somaram cerca de 18,3 mil milhões de dólares, enquanto sob a administração de Joe Biden, os valores ficaram próximos de 8,4 mil milhões.

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