A Islândia é reconhecida como o único país do mundo onde os mosquitos não conseguem se estabelecer, e o motivo vai muito além do frio intenso típico do país. Pesquisas e relatos científicos indicam que o principal fator que impede a sobrevivência desses insetos são as rápidas e constantes variações de temperatura, que alternam entre congelamento e degelo, mesmo durante períodos mais amenos do ano.
Essas frequentes mudanças fazem com que os ovos dos mosquitos não consigam se desenvolver plenamente, interrompendo o ciclo natural de vida do inseto. Diferentemente de outras regiões frias, onde o frio extremo pode ser um obstáculo para os mosquitos, na Islândia o diferencial está no fato de que o congelamento seguido de degelo acontece em intervalos curtos demais para que os ovos sobrevivam e eclodam.
Segundo especialistas e estudos divulgados por fontes internacionais como a BBC News, National Geographic, e a Smithsonian Magazine, a combinação desse ciclo ambiental único faz da Islândia um dos poucos lugares no planeta onde a própria natureza age como um controle natural de pragas, dispensando a necessidade de qualquer intervenção humana.
Relatos locais e análises científicas apontam que, apesar da presença de outras espécies de insetos no país, os mosquitos não fazem parte da fauna devido a essa característica climática singular. A rápida oscilação entre congelar e descongelar cria um ambiente hostil que torna impossível o estabelecimento e a proliferação desses insetos.
Para além do impacto positivo para os habitantes e turistas, que podem desfrutar do país praticamente livre do incômodo causado pelos mosquitos, esse fenômeno é um exemplo raro de como fatores naturais podem controlar populações de pragas, servindo como referência para estudos ambientais e biológicos em outras partes do mundo.
