Nações Unidas reforça combate ao narcotráfico em Moçambique com nova tecnologia

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) entregou recentemente ao Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) equipamentos de ponta que visam intensificar o combate ao tráfico e consumo de drogas em Moçambique.

Entre os recursos oferecidos estão espectrómetros Raman, dispositivos avançados capazes de identificar substâncias ilícitas com rapidez e precisão diretamente no local das apreensões. Os aparelhos foram entregues juntamente com computadores para processamento e análise dos dados recolhidos.

Segundo um comunicado conjunto do SERNIC e do UNODC, os novos equipamentos marcam um avanço significativo na luta contra o narcotráfico. O diretor do Departamento de Cooperação Internacional do SERNIC, Joaquim Alfândega, destacou que a nova tecnologia “reduz consideravelmente o tempo de resposta durante as operações” e “minimiza os riscos de contaminação, garantindo resultados mais fiáveis”.

A eficácia dos espectrómetros já foi demonstrada: em março deste ano, as autoridades conseguiram apreender 42 quilos de heroína e 90 quilos de metanfetamina com o auxílio dos dispositivos fornecidos.

Alfândega sublinha que esta é uma evidência clara de como a tecnologia, aliada à formação adequada, pode enfraquecer as redes de tráfico de droga que operam no país.

O representante do UNODC em Moçambique, Antonio De Vivo, reforçou que o uso estratégico de dados provenientes desses aparelhos ajuda a mapear padrões de tráfico, fortalece a cooperação entre instituições e orienta a formulação de políticas públicas baseadas em evidências concretas.

O UNODC tem apostado na capacitação contínua de agentes forenses e investigadores do SERNIC, tanto no território moçambicano quanto no laboratório da entidade em Viena, Áustria. A mais recente formação de formadores decorreu no final de maio, no Laboratório Central do SERNIC, em Maputo.

Todas as unidades provinciais do SERNIC já foram contempladas com os espectrómetros Raman, como parte de uma estratégia nacional para fortalecer o sistema de justiça penal. Além do combate ao tráfico de drogas, o plano inclui a interrupção de cadeias de abastecimento, análise digital e reforço da cooperação jurídica internacional.

A iniciativa conta com apoio financeiro de países como Estados Unidos da América, Alemanha, Reino Unido e Noruega.

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