Greve dos Médicos no HCM é Temporariamente Suspensa

Os médicos residentes do Hospital Central de Maputo decidiram suspender, de forma temporária, a paralisação das suas atividades. A decisão surge na sequência de um entendimento com o Governo, que prometeu iniciar, ainda este mês, o pagamento parcial das horas extras em atraso há mais de um ano.

Após intensas negociações entre os profissionais da saúde e as autoridades governamentais, foi alcançado um consenso que levou os médicos a retomar as suas funções, depois de três dias de greve.

Segundo os próprios médicos, a suspensão da paralisação representa uma abertura a uma nova fase de diálogo, com base no compromisso assumido pelo Executivo de liquidar a dívida gradualmente.

O porta-voz dos residentes sublinhou que a retoma ao trabalho visa, acima de tudo, garantir o bem-estar dos pacientes, da classe médica e da formação de novos especialistas.

“A nossa decisão é um gesto de confiança. Acreditamos no compromisso assumido pelo Ministro da Saúde em resolver as nossas preocupações com seriedade e coordenação”, destacou o representante.

Napoleão Viola, presidente da Associação Médica de Moçambique, alertou que caso o Governo não honre o acordo firmado, novas medidas poderão ser adotadas. Uma delas seria a convocação de médicos de todo o país para uma reflexão coletiva, que poderá culminar numa paralisação em escala nacional.

“Se não houver cumprimento do que foi prometido, teremos uma resposta firme. Podemos garantir que uma nova paralisação será ainda mais contundente”, afirmou Viola.

Apesar dos desafios, os médicos reconhecem que já foram alcançados avanços relevantes no caderno reivindicativo apresentado ao Governo. Esta é a segunda paralisação dos médicos residentes do HCM nos últimos dois anos, motivada pela falta de pagamento de horas extraordinárias.

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