Maputo — A nova fase da reestruturação da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique está a gerar desconfiança entre vários cidadãos e observadores atentos à gestão pública. Embora o discurso oficial fale em renovação e resgate da companhia de bandeira, as percepções no terreno apontam para uma realidade bem diferente.
Numa publicação partilhada no Facebook, à qual tivemos acesso, um texto amplamente comentado traz uma crítica contundente ao processo, classificando-o como mais uma encenação sem resultados práticos.
“Esta reestruturação não vai dar em nada. É mais um daqueles bailados para distrair os incautos. Vai circular dinheiro apenas para enriquecer certos bolsos com mansões, carrões e mais nada.”
A publicação questiona ainda os montantes envolvidos, considerando-os irrisórios para um sector como o da aviação, que exige investimentos robustos e planeamento estratégico de longo prazo.
“Os valores mencionados não são minimamente suficientes. Falam de investimentos como se estivessem a comprar mini-buses. Aviação é coisa séria, requer capital e gestão competente.”
De forma crítica, o texto também destaca a falta de confiança nos rostos visíveis da operação, alegando que os nomes envolvidos carecem de credibilidade e estão associados a más práticas do passado.
Apesar de o governo apresentar o processo como uma virada institucional, muitos observadores continuam céticos, considerando que a reestruturação segue o mesmo padrão de fracassos anteriores.
“Espero estar errado. Mas infelizmente, tudo indica que ainda estamos longe de ter uma LAM à altura de uma verdadeira companhia de bandeira.”
A LAM continua a enfrentar desafios estruturais profundos, com uma imagem desgastada e dívidas acumuladas. Resta saber se, desta vez, os passos anunciados trarão mudanças reais — ou se mais uma vez a esperança dará lugar à frustração.