O político moçambicano Venâncio Mondlane foi notificado em dois processos judiciais distintos, o que reacende o debate sobre uma possível perseguição política contra ele.
Em Zavala, Mondlane alega ter sido alvo de um atentado envolvendo um agente da PRM à paisana, armado com uma pistola de 9mm e 15 munições, que tentou infiltrar-se entre seus seguranças. Apesar da gravidade do caso, o processo foi arquivado, segundo notificação entregue em sua residência.
Pouco depois, ele recebeu uma segunda notificação — desta vez da Procuradoria de Cuamba (Cabo Delgado) — informando que está formalmente constituído arguido pelos crimes de:
Incitação à desobediência civil;
Denúncia caluniosa;
Ofensa à honra do Presidente da República.
Contradição e ironia
Mondlane criticou o sistema de justiça, afirmando que:
“No crime onde fui vítima, arquivam. Nos crimes em que sou suspeito, sou imediatamente tornado arguido.”
O político também destacou que ambas as notificações foram entregues em sua casa e durante o almoço, ironizando antigas acusações de que estaria “em parte incerta”.