Quando se trata de preencher cargos de liderança ou representar o Estado, as escolhas continuam a recair sobre figuras mais velhas. Por que isso ainda acontece?

Durante campanhas eleitorais e eventos partidários, a juventude é frequentemente chamada para apoiar com tarefas pesadas: montar palanques, colar cartazes, distribuir panfletos. Contudo, quando chega o momento de nomear dirigentes, representantes ou gestores públicos, os jovens são deixados de lado — dando lugar, mais uma vez, aos mesmos rostos de sempre.

Essa é uma forma silenciosa, porém constante, de exclusão política da juventude em Moçambique. Reconhecem o vigor e a força dos jovens apenas para o trabalho operacional, mas ignoram o seu potencial intelectual e a capacidade de liderança. No final das campanhas, o que resta são migalhas — um prato de comida e promessas vazias.

Chegou a hora de mudar essa realidade. Os jovens têm energia, ideias inovadoras e uma visão atualizada sobre os desafios do país. Precisamos de uma liderança que reflita essa diversidade e que não tenha medo de confiar responsabilidade a quem também é capaz de construir caminhos.

A juventude não existe apenas para apoiar campanhas — ela deve participar das decisões. Deve ser chamada para assumir responsabilidades e não apenas tarefas. Afinal, o futuro não pode ser decidido apenas por quem se recusa a deixá-lo acontecer.

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Junto ao bilhete estava uma munição de fuzil e uma mensagem escrita à mão que dizia: “A próxima é na sua cabeça.”

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