Trump abandona cimeira do G7 em meio a escalada de tensão entre Irão e Israel

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deixou antecipadamente a cimeira do G7, surpreendendo os líderes presentes e gerando especulações em torno das motivações. A retirada ocorre em pleno agravamento do conflito entre Israel e Irão, mas Trump garantiu que sua saída “não tem qualquer relação com um cessar-fogo”.

O chefe de Estado norte-americano era aguardado até o fim do encontro, marcado para esta terça-feira, 17 de junho, quando teria uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. No entanto, decidiu partir antes do previsto, alegando necessidade urgente de retornar a Washington. “Macron não sabe por que estou saindo, mas garanto que não tem a ver com cessar-fogo”, escreveu Trump na Truth Social, referindo-se ao presidente francês Emmanuel Macron.

A movimentação dos EUA acontece no contexto de uma ofensiva militar israelita que resultou na morte de Ali Shadmani, novo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irão, em um ataque aéreo em Teerão. A operação foi parte da campanha militar “Leão em Ascensão”, lançada por Israel após a morte do general Gholam Ali Rashid em 13 de junho.

Como resposta, o Irão lançou dezenas de mísseis contra cidades israelitas, incluindo Telavive, Jerusalém, Haifa e Bnei Brak. Os bombardeamentos resultaram na morte de cinco civis e mais de 90 feridos. Um dos projéteis atingiu instalações próximas à embaixada norte-americana.

Em retaliação, Israel afirmou ter destruído cerca de 100 alvos militares em território iraniano, incluindo estruturas nucleares e centros de comando estratégico.

Trump, ao justificar sua saída da cimeira, reiterou que “o Irão jamais poderá tornar-se uma potência nuclear” e determinou a evacuação de cidadãos norte-americanos em Teerão. Enquanto isso, a Casa Branca esclareceu que, embora o contexto seja grave, o cessar-fogo não foi o motivo da retirada presidencial do encontro do G7.

A escalada militar levanta alertas sobre um possível confronto de grande escala no Médio Oriente, provocando preocupações junto à comunidade internacional.

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