Em 11 de maio de 2025, a cidade de Djibo, no norte de Burkina Faso, foi palco de uma tragédia de proporções devastadoras. Um ataque coordenado pelo grupo jihadista JNIM, afiliado à Al-Qaeda, resultou em uma explosão massiva em um acampamento militar, deixando dezenas de soldados e civis mortos. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a dimensão da destruição, reacendendo críticas e colocando o presidente Ibrahim Traoré sob intensa pressão.
Segundo relatos locais, os militantes invadiram o acampamento com armamento pesado, destruindo completamente as instalações militares e incendiando o mercado central da cidade. Estima-se que até 100 pessoas tenham morrido no ataque, enquanto outras dezenas ficaram feridas. “Foi um inferno”, disse um morador que conseguiu escapar com vida.
Os militares tentaram revidar, mas a superioridade bélica dos jihadistas e a ausência de apoio aéreo imediato contribuíram para a tragédia. Testemunhas afirmam que os agressores atuaram com precisão militar, deixando um rastro de destruição e pânico.
O mesmo grupo reivindicou um ataque simultâneo à base militar de Sollé, também no norte do país, onde afirmam ter matado 60 soldados e capturado armamentos e veículos.
A situação representa um duro golpe para o governo do Capitão Ibrahim Traoré, que já enfrenta desafios constantes para conter a violência extremista no país. Apesar de prometer maior segurança e controle, os recentes eventos evidenciam a fragilidade das forças armadas e a crescente ousadia dos grupos jihadistas.
Enquanto os combates continuam em áreas remotas, cresce a pressão internacional por uma resposta mais eficaz do governo de Ouagadougou. Analistas temem que, se nada for feito com urgência, Burkina Faso possa mergulhar em um colapso total de segurança.
