Níger Expulsa Executivos Chineses por Salários Desiguais no Setor Petrolífero

O governo do Níger tomou uma medida enérgica contra a desigualdade salarial em seu setor petrolífero ao expulsar três altos executivos chineses que atuavam em empresas de energia no país. A decisão, anunciada pelo ministro do Petróleo, Sahabi Oumarou, foi motivada pela disparidade gritante entre os salários pagos a trabalhadores chineses e aos nigerinos em funções equivalentes.

Segundo informações publicadas pela agência Reuters, os executivos expulsos representavam três grandes companhias ligadas ao setor energético nigerino: a CNPC (China National Petroleum Corporation), a WAPCo (West African Oil Pipeline Company) e a SORAZ (Société de Raffinage de Zinder).

Enquanto os trabalhadores chineses recebiam salários de aproximadamente 8.678 dólares por mês, os funcionários locais eram pagos em torno de 1.200 dólares nas mesmas funções. Além disso, o ministro criticou a ausência quase total de nigerinos em cargos de chefia dentro dessas empresas.

“Não estamos satisfeitos com a forma como a riqueza está sendo distribuída. Tentamos resolver a questão de forma amigável, mas nenhuma mudança foi feita”, afirmou Oumarou em entrevista coletiva.

A medida marca uma nova postura do Níger em relação aos investimentos estrangeiros, especialmente no setor de recursos naturais. O governo destaca que permanece aberto ao diálogo com investidores internacionais, mas exige condições equitativas e respeito à soberania e aos direitos trabalhistas locais.

Essa ação faz parte de um movimento mais amplo observado em países da região do Sahel e em outras partes da África, onde governos vêm exigindo acordos mais justos e transparentes com empresas estrangeiras, especialmente nas indústrias de petróleo, mineração e gás natural.

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