Cresce a Tensão na RDC: Kabila é Acusado de Vínculos com Rebeldes e Pode Estar Planeando Volta ao Poder

A instabilidade política voltou a ganhar força na República Democrática do Congo (RDC), alimentada pelo confronto direto entre o atual presidente, Félix Tshisekedi, e o ex-presidente Joseph Kabila. O Senado congolês aprovou recentemente a retirada da imunidade de Kabila, sob suspeita de envolvimento com o grupo rebelde M23, acusado de causar instabilidade no leste do país.

Em reação às acusações, Kabila classificou o governo de Tshisekedi como autoritário e denunciou uma alegada sabotagem à democracia, acusando ainda o regime de entregar o país a interesses estrangeiros e forças paramilitares. O partido no poder respondeu de forma contundente. Augustin Kabuya, secretário-geral da formação política, foi direto ao afirmar que Kabila não é cidadão congolês e que estaria liderando diretamente o M23.

Durante a semana, o ex-presidente foi visto em Goma, onde se reuniu com membros do M23 e da Aliança Rio Congo (AFC), em áreas sob controle rebelde. A sua presença gerou grande inquietação no cenário político e militar, levantando suspeitas sobre possíveis ambições de retomar o poder pela força.

Analistas como Philippe Doudou Kaganda consideram que Kabila pode estar a preparar um movimento concreto para recuperar o controlo do país, o que poderia desencadear um novo conflito interno de grandes proporções. Em meio a esse clima de incerteza, cresce o número de jovens que se alistam nas forças armadas da RDC para enfrentar a ameaça representada pelo avanço do M23.

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