O Babuíno que se Tornou Funcionário Ferroviário na África do Sul

Em meados do século XIX, um episódio inusitado e impressionante marcou a história dos caminhos-de-ferro sul-africanos. Tudo começou em 1881, quando James “Jumpman” Wide, um operador de sinais ferroviários que havia perdido ambas as pernas num acidente durante o serviço, encontrou uma solução improvável para sua limitação física: contratou um babuíno chamado Jack para ser seu assistente.

James adquiriu o animal num mercado local e, com paciência e método, ensinou-o a empurrar sua cadeira de rodas e a executar diversas tarefas no posto ferroviário — incluindo acionar os sinais dos comboios, sempre sob sua supervisão direta. Inicialmente, a ideia foi recebida com ceticismo, mas o desempenho do animal chamou a atenção.

Diante da curiosidade pública, autoridades da companhia ferroviária decidiram abrir uma investigação. O resultado surpreendeu a todos: Jack desempenhava suas funções com extrema precisão, sem cometer erros. Impressionados, os gestores do sistema ferroviário decidiram oficializar sua função.

Jack foi então formalmente contratado pela empresa — com direito a salário, um local para viver e até uma cota semanal de cerveja como parte da sua remuneração. Durante os nove anos em que trabalhou ao lado de James, não há registro de qualquer falha cometida pelo babuíno.

Este caso real não apenas revela a engenhosidade humana diante da adversidade, como também destaca a inteligência e capacidade de aprendizagem de um animal fora do comum. A história de Jack tornou-se um exemplo histórico raro de cooperação entre homem e animal no ambiente de trabalho, desafiando conceitos tradicionais sobre a divisão entre as espécies.

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