Washington, 18 de Junho de 2025 — A Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) aprovou, pela primeira vez na história, uma vacina de prevenção ao VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), um marco gigantesco na luta global contra a SIDA. O imunizante, chamado Yeztugo (nome comercial do composto Lenacapavir), será administrado em apenas duas doses por ano, com eficácia comprovada superior a 96% em mulheres cisgénero e 100% em homens que fazem sexo com homens, segundo estudos multicêntricos.
Desenvolvida pela farmacêutica Gilead Sciences, a vacina já vinha sendo testada desde 2023, inclusive em países da África Subsaariana, onde a pandemia do VIH/SIDA ainda tem impacto devastador. Os testes clínicos mostraram resultados extraordinários, com zero infecções nos grupos vacinados em determinadas amostras populacionais, especialmente entre jovens mulheres africanas.
De acordo com o TIME Magazine, trata-se da primeira formulação preventiva de longa duração já aprovada, contrastando com as atuais opções de PrEP (profilaxia pré-exposição), que exigem uso diário. A CNN destaca que o novo tratamento oferece “proteção quase total” e representa um divisor de águas no combate ao vírus que já tirou mais de 40 milhões de vidas em todo o mundo desde os anos 1980.
O anúncio da FDA gerou reação positiva imediata de organismos internacionais como a OMS e a ONU-SIDA, que classificaram o feito como “revolucionário” e apelaram para um acesso justo e equitativo, sobretudo para países com fracos recursos, onde o VIH continua a ser uma das principais causas de morte.
Nos Estados Unidos, o custo anual estimado do tratamento será em torno de US$ 28 mil, valor que pode representar um desafio para o acesso universal. Já em países africanos, como Moçambique, onde milhares de pessoas ainda vivem com o vírus, autoridades de saúde pública mostraram interesse imediato na aquisição da vacina, embora não tenham sido ainda divulgados os prazos e custos de distribuição local.
A distribuição global da Yeztugo está prevista para o segundo semestre de 2025, e organizações internacionais já trabalham em conjunto com governos e ONGs para acelerar o processo de fornecimento e regulamentação nos países mais afetados.
