HCB Entrega 115 Mil Milhões de Meticais ao Estado em Impostos

A Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) entregou ao Estado moçambicano cerca de 115 mil milhões de meticais em impostos e taxas no período compreendido entre 2007 e 2024. A informação foi tornada pública pelo Presidente do Conselho de Administração da empresa, Tomás Matola, durante uma conferência realizada esta quarta-feira (21), em Maputo.

De acordo com Matola, a HCB tem sido um parceiro estratégico do Estado, contribuindo fortemente para o desenvolvimento de infraestruturas e iniciativas sociais. No entanto, o gestor expressou preocupação com a atual situação de seca extrema que afecta a bacia do Zambeze, consequência direta do fenómeno climático El Niño, o qual começou a impactar a região no final de 2024.

Matola classificou esta seca como a mais severa das últimas quatro décadas, sublinhando os efeitos negativos que tem causado na produção hidroelétrica da empresa.

Durante o evento, o Presidente da República, Daniel Francisco Chapo, destacou a importância da HCB como uma das mais relevantes infraestruturas de geração de energia na África Austral. Ao celebrar o 50.º aniversário da empresa, Chapo reforçou o papel central que a HCB desempenha nos planos energéticos nacionais e regionais.

“O relatório Africa Energy Outlook 2024 – Mozambique Special Report aponta que Moçambique poderá ser responsável por 20% da produção energética africana até 2040. Com isso, o país poderá integrar o grupo das dez maiores nações produtoras de energia a nível mundial, com projeções de geração até 187 Gigawatts provenientes de múltiplas fontes”, indicou o Chefe de Estado.

Chapo mencionou ainda o projeto em curso na província de Inhambane, onde está a ser construída uma central elétrica em Temane, com capacidade de 450 megawatts, impulsionada pelo gás natural. Segundo ele, trata-se do maior investimento energético desde a independência nacional.

O Presidente desafiou a HCB a avançar com os seus planos de reabilitação e modernização da cadeia de produção e distribuição de energia, como forma de assegurar maior eficiência e fiabilidade no sistema elétrico nacional.

Além disso, destacou que estas iniciativas são fundamentais para permitir o avanço de novos projetos e consolidar a visão estratégica de transformar Moçambique num verdadeiro polo energético da África Austral.

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