Activistas questionam: “Se o MC Trufafá morresse, a PRM e o SERNIC iriam perguntar a quem?”

A Polícia da República de Moçambique (PRM) manifesta insatisfação com a suposta “falta de colaboração” de MC Trufafá (Joel Amaral), alvo de um atentado a tiro em abril, na cidade de Quelimane. Segundo as autoridades, o artista ainda não forneceu informações que possam ajudar a identificar os responsáveis pelo ataque, deixando para a polícia uma tarefa que, na visão dos agentes, deveria partir da própria vítima.

Nas redes sociais, ativistas se manifestam em defesa do músico, questionando: “Se ele tivesse morrido, quem iriam procurar para esclarecer o caso?”

O atentado contra MC Trufafá recebeu condenação pública de diversas personalidades, entre elas o presidente da Câmara Municipal de Quelimane, Manuel de Araújo, o político Albano Carige, o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, e o Presidente da República, Filipe Nyusi, que classificou o ataque como “um desafio à democracia”.

Até o momento, a PRM e o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) continuam as investigações, mas ainda não identificaram suspeitos ou efetuaram detenções. Casos como este têm levantado sérias preocupações sobre a liberdade de expressão e a segurança dos opositores políticos em Moçambique.

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