Japão Desenvolveu Sangue Artificial Compatível com Todos os Tipos Sanguíneos

O Japão está prestes a dar um passo histórico na ciência médica, com o início dos testes clínicos de um sangue artificial compatível com todos os tipos sanguíneos. A inovação, liderada por cientistas da Universidade Médica de Nara, poderá resolver um dos maiores desafios enfrentados por hospitais em todo o mundo: a escassez de sangue para transfusões.

O sangue sintético foi desenvolvido com base em hemoglobina extraída de bolsas de sangue humano expiradas, encapsulada em vesículas semelhantes a glóbulos vermelhos. De acordo com o professor Hiromi Sakai, responsável pelo projeto, essas estruturas são capazes de transportar oxigênio no organismo com eficácia, eliminando a necessidade de testes de compatibilidade sanguínea em situações de emergência.

Além da versatilidade, o sangue artificial apresenta vantagens logísticas importantes. Pode ser armazenado à temperatura ambiente por até dois anos — um contraste significativo com o sangue humano, que requer refrigeração constante e tem validade limitada. Essa durabilidade faz do produto uma alternativa ideal para uso em zonas de conflito, regiões remotas e áreas afetadas por desastres naturais.

Os testes iniciais em animais, como coelhos, demonstraram resultados promissores. A próxima fase envolve testes em humanos, com a administração controlada de 100 a 400 mililitros da solução. Caso os ensaios clínicos confirmem a eficácia e segurança da fórmula, o sangue artificial poderá estar disponível para uso hospitalar até o ano de 2030.

A iniciativa é vista como uma resposta à crescente escassez de sangue no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 60% dos países dependem de importações para suprir suas necessidades de plasma e componentes sanguíneos. O envelhecimento populacional e a baixa taxa de doação em várias regiões agravam ainda mais o problema.

O projeto também revelou falhas em sistemas de retenção fiscal. Um relatório do Mídia Lab e do Centro de Integridade Pública expôs que cerca de 17 milhões de meticais em impostos foram retidos por consultores do Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável (FNDS) — uma situação que reflete a importância de estruturas de fiscalização mais rígidas em iniciativas financiadas com dinheiro público.

Com o apoio do governo japonês e financiamento do Banco Mundial, o desenvolvimento do sangue sintético representa uma das mais promissoras inovações médicas da última década. Se bem-sucedido, poderá revolucionar os sistemas de saúde, salvar milhões de vidas e inaugurar uma nova era na medicina de emergência.

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