Maputo — O professor universitário António Cipriano e o oficial de Direitos Humanos do Centro de Defesa dos Direitos (CDD), André Mulungo, concordam que a baixa presença do público na recente manifestação organizada pelo presidente do PODEMOS, Albino Forquilha, revela um preocupante distanciamento do partido em relação à população.
Ambos ressaltam que a ausência massiva nas ruas não apenas indica uma carência de simpatizantes ativos, mas também reforça a ideia de que os assentos conquistados pelo Podemos na Assembleia da República foram, em grande parte, fruto da aliança política estabelecida com o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane.
Analistas políticos ouvidos por diversos meios de comunicação sugerem que a aliança com Mondlane foi fundamental para garantir representação parlamentar ao Podemos, mas que o partido ainda luta para construir uma base sólida de apoio popular independente.
Além disso, organizações da sociedade civil destacam que a falta de mobilização em manifestações públicas pode refletir uma desconexão do partido com as expectativas e necessidades do eleitorado moçambicano.
