Uma mulher de nacionalidade francesa, que atuava em Burkina Faso como diretora de uma ONG internacional, foi recentemente exposta como espiã durante um evento nacional, provocando uma verdadeira reviravolta nas relações diplomáticas.

Claire Dubois, identificada como responsável pela organização Hope Forward, chegou ao país africano com a missão declarada de apoiar causas sociais, como a educação de meninas e o reforço da saúde feminina. Durante meses, cultivou uma imagem de aliada das comunidades locais, visitando áreas rurais, dialogando com líderes comunitários e elogiando publicamente o governo burquinense.

Contudo, investigações conduzidas pelos serviços de inteligência do país revelaram que Dubois exercia, na verdade, atividades de espionagem. Sob a fachada de ajuda humanitária, ela reunia informações altamente sensíveis, incluindo dados sobre bases militares, centros de treino, instalações estratégicas e até zonas de vigilância aérea com drones.

As autoridades revelaram que a suposta humanitária utilizava dois telefones — um comum e outro com comunicação criptografada — e trocava mensagens codificadas contendo mapas e imagens de satélite com contatos ligados à OTAN e a agências estrangeiras de espionagem.

Com monitoramento contínuo autorizado pelo próprio presidente Ibrahim Traoré, os serviços secretos reuniram provas irrefutáveis. O caso foi tornado público de forma impactante durante uma Conferência Nacional sobre a Soberania Africana, na qual o chefe de Estado apresentou ao vivo documentos e e-mails que confirmavam a operação de espionagem.

Após a revelação, Claire Dubois foi discretamente detida. Apesar das pressões internacionais por uma resolução diplomática, o governo manteve sua posição firme, classificando o ato como uma violação grave da soberania nacional e uma traição à confiança do povo burquinense.