A relação entre Burkina Faso e a Rússia continua a se fortalecer, e uma recente viagem do Presidente burquinense, Ibrahim Traoré, a Moscovo chamou a atenção internacional. Circulam informações de que o avião presidencial de Traoré teria sido escoltado por caças russos durante o percurso, sob ordens diretas do presidente russo, Vladimir Putin, que teria garantido a máxima segurança ao chefe de Estado africano. No entanto, até o momento, essa escolta aérea ainda não foi confirmada por fontes oficiais.
Apesar da falta de confirmação sobre a escolta aérea, é amplamente reconhecida a crescente aproximação entre os dois países desde que Ibrahim Traoré assumiu o poder em 2022. A presença russa em Burkina Faso tem aumentado significativamente, com a atuação de forças como o Corpo Africano e a Brigada Bear, ambas associadas a estruturas militares ligadas ao Kremlin. Estas forças têm desempenhado papéis essenciais na formação de militares locais e na proteção de figuras de destaque do governo.
Em janeiro de 2024, a chegada de cerca de 100 militares russos ao país marcou mais uma fase dessa cooperação. Estes elementos foram encarregues da segurança pessoal do Presidente Traoré, bem como da formação das forças armadas burquinenses, sinalizando uma mudança clara de alinhamento político e estratégico por parte do país africano, que tem se distanciado das potências ocidentais.
De acordo com dados recentes, a presença russa em Burkina Faso não se limita ao apoio militar. Moscovo tem procurado reforçar os seus interesses em África, promovendo parcerias econômicas e de segurança em diversos países, numa tentativa de ampliar a sua influência geopolítica no continente.
Em resposta, o governo de Ouagadougou tem reiterado o seu compromisso com uma política de soberania e independência, considerando a Rússia um parceiro estratégico na luta contra o terrorismo e na reconstrução das instituições nacionais.
Embora ainda não haja confirmação oficial sobre a escolta aérea do avião presidencial, o episódio reflete a confiança crescente entre os dois governos e o papel de destaque que Burkina Faso tem ganho na nova estratégia africana do Kremlin.
