Um caso insólito e polêmico vindo da China ganhou repercussão mundial em 2016. Uma mulher da cidade de Shenzhen, no sul do país, conseguiu convencer cada um de seus 20 namorados a lhe comprar um iPhone 7 recém-lançado, e usou os aparelhos como parte de um plano surpreendente.
Segundo reportagens da época divulgadas por veículos como Teen Vogue, Time, Glamour e diversos portais asiáticos, a mulher — identificada apenas pelo pseudônimo “Xiaoli” — reuniu os 20 dispositivos e os vendeu a uma empresa especializada em reciclagem de telefones, chamada Hui Shou Bao. A venda totalizou cerca de 120.000 yuans chineses, o equivalente a aproximadamente 18.000 dólares, que foram usados como entrada para a compra de uma casa no interior.
Como a Estratégia Funcionou
De acordo com a imprensa chinesa e internacional, “Xiaoli” manteve relacionamentos paralelos com 20 homens diferentes. Com a chegada do novo modelo da Apple, ela solicitou que cada um deles lhe presenteasse com um iPhone 7. Após reunir os dispositivos, ela procurou a Hui Shou Bao, uma conhecida plataforma de compra e reciclagem de eletrônicos, que confirmou a aquisição dos telefones por aproximadamente 6.000 yuans cada.
Os relatos apontam que Xiaoli é oriunda de uma família humilde e teria decidido recorrer a essa estratégia como forma de conquistar independência financeira e estabilidade, comprando uma casa no campo.
Viralização e Repercussão
A história rapidamente viralizou nas redes sociais chinesas, especialmente no Weibo, onde a hashtag “20 celulares por uma casa” foi usada mais de 13 milhões de vezes. Usuários se mostraram divididos entre elogiar a astúcia da mulher e condenar sua atitude, considerando-a imoral ou oportunista.
Internacionalmente, o caso foi amplamente coberto por veículos como Time, Teen Vogue, Glamour, e portais noticiosos como UPI e Complex.
Verdade ou Estratégia de Marketing?
Apesar da comoção gerada, algumas fontes levantaram dúvidas sobre a veracidade da história. O site Hui Shou Bao, que confirmou ter comprado os aparelhos, também estaria envolvido em ações de marketing viral, o que levantou suspeitas de que a história pudesse ter sido encenada como estratégia publicitária.
O portal MIC e o Complex noticiaram que o caso poderia ter sido fabricado ou exagerado para atrair atenção à empresa, principalmente porque, pouco tempo depois, a Hui Shou Bao abriu vagas para especialistas em “eventos virais”, sugerindo o uso de narrativas chamativas como ferramenta de marketing.
Conclusão
Independente da veracidade total da história, o caso de “Xiaoli” se tornou um dos episódios mais discutidos da internet chinesa em 2016, expondo debates sobre criatividade, moralidade e o impacto das redes sociais no comportamento das pessoas.