Filhos são presos após esconderem corpo do pai por meses para continuar recebendo benefícios do INSS

Um caso chocante veio à tona no Rio de Janeiro e está gerando revolta em todo o país. Dois irmãos foram presos acusados de manter o corpo do próprio pai morto dentro de casa por meses, com o objetivo de continuar recebendo a aposentadoria e a pensão do idoso, paga pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Segundo informações da Polícia Civil, o crime aconteceu na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro. O corpo do aposentado Dário Antônio Raffaele D’Ottavio, de 88 anos, foi encontrado em avançado estado de decomposição sobre uma cama, dentro do quarto onde morava com os filhos.

A investigação aponta que os irmãos vedaram portas e janelas da residência para tentar conter o forte odor da decomposição e evitar que vizinhos ou visitantes descobrissem a situação. A descoberta ocorreu após uma denúncia anônima, quando a polícia entrou no imóvel e encontrou o cadáver em esqueleto, coberto por panos e com o quarto completamente isolado.

O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) indica que a morte pode ter ocorrido há pelo menos seis meses, mas existe a possibilidade de o corpo estar no local há até dois anos. O avançado estado de decomposição impossibilitou, até o momento, determinar a causa exata da morte do idoso.

Ainda de acordo com as investigações, os filhos, que não tiveram os nomes revelados, continuaram recebendo normalmente os valores da aposentadoria e pensão do pai, que somavam cerca de R$ 5 mil por mês. A suspeita é de que o esquema vinha sendo praticado exclusivamente para garantir o recebimento dos benefícios.

O caso gerou grande repercussão, especialmente pela frieza e o grau de ocultação dos fatos. A polícia prendeu os irmãos em flagrante pelos crimes de ocultação de cadáver e resistência à prisão, já que teriam dificultado a entrada dos agentes na residência.

Além disso, as autoridades investigam se houve fraude documental para manter os pagamentos do INSS ativos, configurando estelionato. Segundo fontes da Polícia Civil, também está sendo avaliada a condição psicológica dos envolvidos, pois há indícios de distúrbios psiquiátricos, o que pode interferir no andamento judicial.

O INSS foi acionado para apurar como os benefícios continuaram sendo pagos sem a comprovação de vida obrigatória, medida exigida periodicamente para aposentados e pensionistas.

O caso segue em investigação e os irmãos permanecem presos à disposição da Justiça.

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