Um caso perturbador abalou a comunidade de Ga-Rankuwa, ao norte de Pretória, África do Sul, depois que moedas foram encontradas nas mãos do corpo de uma criança de cinco anos, Emerson Mthembu, durante uma exumação ordenada pelo tribunal e pela polícia.

Emerson faleceu em 28 de dezembro de 2024 e foi sepultado no cemitério local. No entanto, após denúncias graves apresentadas pela família materna, o túmulo foi reaberto na última quarta-feira sob vigilância da Polícia Sul-Africana (SAPS).

De acordo com os familiares da mãe, acredita-se que a avó paterna da criança, Gogo Lusia Ndlovu, de 60 anos, tenha colocado moedas nas mãos do menino ainda no necrotério, antes do funeral. O gesto gerou revolta, pois, segundo os costumes locais, práticas como essa são vistas como espiritualmente suspeitas e culturalmente inaceitáveis.

Após a ordem judicial de exumação, a operação foi realizada com a presença da SAPS, da polícia metropolitana de Tshwane e de autoridades municipais. As moedas foram, de fato, encontradas, e Gogo Lusia foi obrigada a identificá-las e removê-las pessoalmente. As moedas estão agora sob custódia como prova no processo judicial.

No cemitério, a tensão quase se transformou em violência quando alguns familiares e membros da comunidade tentaram confrontar Gogo Lusia. A polícia agiu rapidamente para retirá-la do local, evitando possíveis agressões.

A família materna demonstrou profunda indignação e tristeza, afirmando sentir-se traída e exigindo explicações. Após a exumação, o corpo de Emerson foi enterrado novamente, desta vez em Mamelodi, em um cemitério próximo à residência da família da mãe.

O porta-voz do líder tradicional local, Baba Christopher Kganyago, agradeceu ao tribunal, à SAPS, aos líderes comunitários e ao Conselho Municipal de Tshwane por controlarem a situação e garantirem a ordem pública durante o delicado processo.

O caso será analisado em tribunal no dia 27 de junho de 2025. A família materna exige justiça e investigações mais aprofundadas sobre o motivo das moedas terem sido colocadas no corpo da criança.

Os líderes tradicionais da região também condenaram o ato, alegando que, caso esteja relacionado a rituais obscuros, práticas como essa não podem ser toleradas nas suas comunidades.

Esta história aborda temas sensíveis de ordem espiritual e emocional. A leitura deve ser feita com cautela.