A Primeira-Ministra de Moçambique, Benvinda Levy, destacou os efeitos negativos das manifestações pós-eleitorais na economia do país, durante uma sessão no Parlamento. Ela revelou que a crise gerada pelas manifestações, que se seguiram às eleições gerais de 9 de outubro de 2024, resultou em uma contração de 4,87% no quarto trimestre de 2024, interrompendo uma sequência de crescimento econômico observada nos três primeiros trimestres do ano, que variou entre 3,2% e 4,5%.
Levy também relatou que, de acordo com os levantamentos feitos até o momento, mais de 955 estabelecimentos econômicos e sociais foram destruídos durante os protestos, o que resultou no desemprego de cerca de 50 mil pessoas.
No entanto, a Primeira-Ministra fez um balanço positivo dos primeiros 100 dias do governo do novo presidente Daniel Chapo, afirmando que as ações do plano de governo estão atendendo rapidamente a desafios significativos e contribuindo para a melhoria das condições de vida da população moçambicana.
Essa declaração foi dada ao final de dois dias de respostas do governo às questões dos deputados das quatro principais bancadas parlamentares – Frelimo, Podemos, Renamo e MDM – sobre as questões políticas, econômicas e sociais de Moçambique.
