CDD desafia Comissão Técnica a garantir autonomia da sociedade civil na escolha de representantes

O Centro para Democracia e Desenvolvimento (CDD) lançou um apelo direto à Comissão Técnica do Diálogo Político Nacional e Inclusivo, exigindo que a escolha dos representantes da sociedade civil seja feita pelas próprias organizações e não por meio de convites externos.

Segundo André Mulungo, oficial de direitos humanos no CDD, permitir que a sociedade civil apenas participe por convite coloca em risco a legitimidade do processo, uma vez que abre espaço para a inclusão de indivíduos que podem estar mais comprometidos com os interesses do partido no poder do que com os reais anseios da sociedade.

“Se os representantes forem selecionados de forma centralizada, corremos o risco de ter um diálogo supostamente inclusivo sendo conduzido por vozes que não refletem a pluralidade social e política do país”, alertou Mulungo, em declarações dadas à imprensa.

O CDD reforça que a transparência e a representatividade autêntica são condições indispensáveis para que o diálogo político traga resultados reais e duradouros para Moçambique. A organização teme que, sem esse cuidado, o processo seja capturado por interesses políticos e se torne apenas um ritual simbólico.

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