A tensão comercial entre os Estados Unidos e a China voltou a escalar, com Pequim anunciando nesta sexta-feira (11) uma nova tarifa de 125% sobre produtos importados dos EUA. A medida é uma resposta direta às recentes decisões do presidente norte-americano Donald Trump, que havia anunciado uma tarifa de 145% sobre mercadorias chinesas.
Segundo o governo chinês, as medidas impostas por Washington “contrariam os princípios do mercado, desafiam as leis básicas da economia e o bom senso”. Um porta-voz oficial destacou que os EUA devem “assumir a responsabilidade pelas perturbações severas causadas na economia mundial, nos mercados financeiros e no comércio global”.
As novas taxas chinesas começam a vigorar neste sábado, 12 de abril. Pequim também informou que irá formalizar mais uma queixa contra os EUA junto à Organização Mundial do Comércio (OMC), reforçando seu compromisso de defender os próprios interesses até o fim.
A decisão chinesa já teve reflexos no mercado financeiro. Embora as principais bolsas europeias tenham iniciado o dia em alta, recuaram significativamente após o anúncio das novas tarifas.
Durante a semana, os mercados globais apresentaram forte instabilidade, acompanhando cada novo capítulo da disputa entre as duas maiores potências econômicas do planeta. Vale lembrar que Trump havia suspendido algumas tarifas por 90 dias, o que abriu espaço para negociações com a União Europeia e outros parceiros. Mesmo assim, taxas de 10% continuam a ser aplicadas sobre diversos produtos importados pelos EUA.
