Tribunal Militar condena oficiais envolvidos no golpe de Estado de 2023 na Guiné-Bissau

O ex-comandante geral da Guarda Nacional da Guiné-Bissau, coronel Victor Tchongo, foi sentenciado a nove anos de prisão e à expulsão das Forças Armadas, segundo decisão do Tribunal Militar Regional de Bissau divulgada hoje.

Além de Tchongo, os tenentes-coronéis Ramalhano Mendes e Lamine Camará, também da Guarda Nacional, receberam penas semelhantes, incluindo detenção e expulsão das forças militares.

Durante a leitura do veredito, o tribunal absolveu 36 outros militares da Guarda Nacional que estavam sob investigação. Victor Tchongo foi acusado especificamente de desobediência e sequestro de dois ex-governantes que estavam detidos nas instalações da Polícia Judiciária. Segundo o tribunal, membros da Guarda Nacional retiraram à força esses detidos para o seu quartel entre os dias 30 de novembro e 1º de dezembro de 2023.

Esse episódio ocorreu em meio a um confronto armado em Bissau, envolvendo as Forças Armadas, o batalhão da Presidência da República e a Guarda Nacional. Durante os confrontos, os dois ex-governantes foram libertados momentaneamente, mas posteriormente retornaram às celas da Polícia Judiciária.

Na época, as autoridades políticas classificaram o evento como uma tentativa de golpe de Estado, com o coronel Victor Tchongo apontado como um dos supostos líderes. A defesa do ex-comandante já anunciou que pretende recorrer da decisão do tribunal.

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