
Cientistas anunciaram a identificação de um tipo sanguíneo extremamente raro, denominado “Gwada negativo”. O nome faz referência à única pessoa no mundo, até o momento, conhecida por possuir esse grupo sanguíneo: uma mulher originária de Guadalupe, território francês no Caribe.
Esse grupo sanguíneo peculiar foi inicialmente detectado há 15 anos, durante exames de rotina que antecediam uma cirurgia. Contudo, apenas recentemente, com os avanços no sequenciamento genético, os especialistas conseguiram confirmar a singularidade dessa tipagem sanguínea.
Segundo os pesquisadores, a mulher apresenta uma mutação genética muito rara, transmitida por ambos os pais, o que faz dela a única compatível com o próprio sangue — um caso considerado extraordinário pela medicina.
A Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue reconheceu oficialmente o “Gwada negativo” como o 48º sistema de grupo sanguíneo já identificado.
Especialistas ressaltam a importância de descobrir tipos sanguíneos tão raros, pois isso contribui significativamente para a segurança em transfusões e procedimentos cirúrgicos, principalmente em indivíduos com características genéticas atípicas. Agora, cientistas estão em busca de outras pessoas que possam possuir esse mesmo marcador sanguíneo, com o intuito de ampliar a rede de suporte a pacientes com perfis sanguíneos raríssimos em todo o mundo.