Um grupo numeroso de operadores de táxi motorizado dirigiu-se esta terça-feira (8) ao edifício do conselho autárquico de Nampula, onde confrontou diretamente o presidente Luís Giquira, em protesto contra a taxa anual de 2.000 meticais imposta à sua atividade.
A maior parte dos manifestantes, jovens e visivelmente indignados, entoou cânticos de revolta nas imediações do edifício, recusando o pagamento da nova taxa, argumentando que já contribuem com 10 meticais diários à AVOTANA – Associação dos Voluntários para a Organização dos Táxis de Mota.
“Nem todos conseguimos trabalhar o ano inteiro, e agora querem que paguemos dois mil meticais? É demais,” reclamou um dos operadores no local.
Outro mototaxista reforçou a insatisfação, afirmando que as más condições das estradas da cidade não justificam a cobrança: “Como é que querem que paguemos esse valor se as vias estão completamente degradadas? As nossas motos não duram nem um mês sem irem à oficina.”
Resposta do presidente
Diante da agitação, o edil Luís Giquira desceu ao pátio do edifício para conversar com os manifestantes. Em sua defesa, explicou que a cobrança da taxa está prevista no Código de Postura Camarária e não se trata de uma medida nova.
“Estas taxas já estão regulamentadas e não foram inventadas por nós,” frisou Giquira, mostrando-se firme quanto à aplicação da medida.
No entanto, o presidente apontou que o movimento estaria a ser orquestrado pela AVOTANA e alertou para consequências aos que recusarem o pagamento, incluindo a aplicação de uma multa no valor de 5.000 meticais.