Em uma atualização sobre as investigações de raptos ocorridos nos últimos anos, o governo de Moçambique, através do ministro do Interior, Paulo Chachine, informou que, entre janeiro do ano passado e março deste ano, 33 pessoas foram detidas sob suspeita de envolvimento em atividades de rapto.
Durante a operação que resultou nas detenções, as autoridades apreenderam 12 armas de fogo, 12 veículos, 28 telefones celulares, dois computadores e desmantelaram quatro cativeiros utilizados pelos criminosos.
No período de janeiro a março de 2025, foram registrados 21 casos de rapto, dos quais 19 foram completados e dois frustrados. Além disso, oito vítimas foram resgatadas e reintegradas às suas famílias.
Para combater a crescente onda de instabilidade que tem levado empresários a deixar o país, Chachine reforçou as ações do governo, mencionando a criação da Companhia Anti-Raptos como uma das medidas estratégicas.
“No âmbito das estratégias para enfrentar e responsabilizar os envolvidos no crime organizado, o governo incluiu, no seu Programa Quinquenal 2025-2029, a criação de uma unidade especializada no combate a raptos e outros crimes transnacionais até o próximo ano. Já estamos trabalhando na elaboração do anteprojeto operacional desta unidade”, declarou o ministro.
Chachine também destacou a necessidade urgente de atualização e especialização dos recursos humanos da Polícia da República de Moçambique para lidar com esses desafios de forma mais eficaz.