Durante os primeiros três meses sob a liderança do novo governo chefiado por Daniel Chapo, o custo de vida em Moçambique aumentou, contrariando a promessa de redução. De acordo com o mais recente Índice de Preços no Consumidor divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em 10 de abril de 2025, o país registou uma subida da inflação no período em análise.
Em março de 2025, a inflação mensal foi de 0,06%, refletindo um aumento generalizado dos preços, com realce para produtos como tomate, couve e capulanas. Entre os itens com maiores acréscimos de preço ao longo do primeiro trimestre destacam-se ainda refeições completas em restaurantes, arroz, carapau, feijão manteiga, farinha de milho, sumos de fruta e massas tipo esparguete.
A recolha de dados em oito centros urbanos — Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, Tete, Chimoio, Xai-Xai e Inhambane — indicou que a categoria de Vestuário e Calçado teve maior peso na inflação mensal, com uma contribuição de cerca de 0,05 pontos percentuais. No acumulado do trimestre, a inflação atingiu 2,03%, sendo impulsionada principalmente pelas divisões de Alimentação e Bebidas não Alcoólicas (1,50pp) e Restaurantes e Hotéis (0,23pp). Em termos anuais, a taxa de inflação homóloga subiu para 4,77%.
A cidade de Tete registou o maior crescimento mensal nos preços, com 0,57%, enquanto Maputo apresentou a maior redução, com -0,15%. No acumulado trimestral, Tete também lidera com uma variação de 4,09%, seguida de Inhambane (3,78%) e Xai-Xai (2,65%).
Apesar da inflação mensal moderada, o aumento constante no custo de bens alimentares e serviços básicos continua a ser uma fonte de preocupação para as famílias, especialmente nas zonas urbanas mais sensíveis às oscilações económicas.
