Uma descoberta impressionante está mudando a forma como a ciência compreende a preservação de fósseis e a própria evolução da vida. Um grupo de cientistas, liderado pela Dra. Mary Schweitzer, encontrou tecidos moles — como vasos sanguíneos e estruturas semelhantes a células — no fóssil de um Tyrannosaurus rex datado de aproximadamente 68 milhões de anos.
Até então, acreditava-se que componentes tão frágeis não resistiriam por mais de alguns milhares de anos. No entanto, esse achado feito em 2005 desafiou a lógica científica da época, abrindo caminho para novas investigações sobre a longevidade das biomoléculas ao longo de milhões de anos.
Desde então, outras análises reforçaram as conclusões da equipe de Schweitzer e mostraram que a presença de tecidos preservados em fósseis pode ser mais comum do que se imaginava. Com o auxílio de tecnologias avançadas como microscópios de alta precisão, espectrômetros e testes químicos, pesquisadores estão conseguindo identificar proteínas, lipídios e até fragmentos de material genético em fósseis antigos.
Além de lançar luz sobre aspectos pouco conhecidos da biologia e evolução dos dinossauros, essas descobertas podem também ajudar em pesquisas sobre possíveis formas de vida fora da Terra, em ambientes onde condições extremas favorecem a preservação por longos períodos. O que antes parecia impossível no registro fóssil agora está revelando um novo capítulo da história da vida no planeta.
