Maputo, 14 de abril de 2025 – O Banco de Moçambique manifestou preocupação com o surgimento de instituições que recolhem depósitos do público e oferecem serviços de consultoria em investimentos sem estarem devidamente licenciadas para tal, alertando os cidadãos sobre os riscos associados a essas práticas.

Num comunicado divulgado hoje, o banco central destacou que tem vindo a observar com atenção o crescimento de entidades que atuam ilegalmente em áreas reservadas exclusivamente às instituições de crédito autorizadas.

“As atividades em causa incluem a angariação de depósitos por meio de plataformas digitais e redes sociais, com promessas de redistribuição de valores mediante o pagamento de taxas administrativas”, indica o documento.

O Banco de Moçambique também menciona a atuação de grupos que oferecem serviços de consultoria em investimentos e promovem aplicações em mercados financeiros, sobretudo no setor Forex, utilizando plataformas digitais descentralizadas.

De acordo com a instituição, estas operações são consideradas ilegais por serem feitas sem autorização. A legislação em vigor determina que somente as instituições de crédito podem receber depósitos ou outros fundos reembolsáveis destinados ao seu próprio uso.

O regulador apela aos cidadãos para que consultem a lista oficial de instituições legalmente habilitadas a operar no setor financeiro, de forma a evitarem situações de fraude ou prejuízos.

Segundo dados anteriores divulgados pelo banco central, o sistema financeiro moçambicano conta atualmente com 15 bancos, 14 instituições de microfinanças, quatro cooperativas de crédito, 13 organizações de poupança e 2.304 operadores de microcrédito, entre outras entidades.