O governo de Moçambique declarou que já implementou todas as 26 medidas previstas no plano de ação para ser removido da lista cinzenta do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI), onde o país está incluído devido a deficiências no combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
A informação foi avançada nesta quinta-feira (15), em Maputo, por Luís Cezerilo, Coordenador Nacional de Políticas de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e Financiamento ao Terrorismo. Ele destacou que, em 2021, Moçambique não cumpria nenhuma das 11 recomendações imediatas do GAFI, mas atualmente todas estão “amplamente em conformidade”.
“O país conseguiu reverter a imagem negativa que carregava”, afirmou Cezerilo, acrescentando que houve avanços significativos em áreas como investigação criminal, supervisão financeira, aplicação da lei e bloqueio de ativos ligados a redes terroristas.
A decisão final sobre a retirada de Moçambique da lista será tomada em outubro, durante a Assembleia Geral do GAFI, que terá lugar na capital moçambicana. Até lá, uma missão técnica do Grupo de Revisão da Cooperação Internacional (ICRG) visitará o país, entre os dias 11 e 12 de setembro, para verificar no terreno o cumprimento das ações implementadas.
Em fevereiro deste ano, o governo já havia comunicado que apenas um indicador ainda estava pendente. A inclusão de Moçambique na lista cinzenta ocorreu em outubro de 2022, devido a fragilidades no sistema de combate a fluxos financeiros ilícitos.