Em 2023, o então deputado da RENAMO, Venâncio Mondlane, fez um duro pronunciamento sobre a situação crítica da companhia Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), alertando que a empresa estatal estava em acelerada degradação. “A LAM está a transformar-se numa sucata nacional”, disse Mondlane num vídeo amplamente partilhado nas redes sociais na época.
De acordo com o político da oposição, a empresa encontrava-se à beira de um colapso financeiro, com sinais claros de insolvência estrutural e má gestão operacional. Mondlane revelou que a companhia teria adiantado cerca de 25 mil milhões de dólares para a compra de duas aeronaves, mas, sem conseguir pagar o restante do valor, os aviões acabaram parqueados num hangar no Quénia, sem uso nem compradores.
Diante da falta de soluções, Mondlane apontou que a única saída considerada pela gestão da LAM seria o desmantelamento das aeronaves para venda por partes, o que, segundo ele, simboliza o estado crítico de abandono da transportadora aérea nacional.
“A tentativa de manter a empresa viva à custa da venda de peças é um reflexo do colapso total da estratégia de gestão do actual Governo”, afirmou Mondlane, classificando o caso como um sintoma de falência institucional num sector vital para o país.
A previsão feita por Mondlane continua a ecoar em 2025, à medida que a situação da LAM se agrava, reforçando as preocupações sobre a sustentabilidade da aviação civil em Moçambique.
