A recente vitória de Álvaro Massingue na disputa pela liderança da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) continua a gerar fortes reações. Entre elas, destaca-se a do político moçambicano Dinis Tivane, que fez duras críticas à gestão anterior de Agostinho Vuma e celebrou o que considera ser uma vitória da justiça e da democracia.
Massingue, que já ocupa a presidência da Câmara de Comércio de Moçambique, superou com ampla vantagem os seus concorrentes Lineu Candieiro e Maria Abdula, assumindo agora o comando da CTA. A sua eleição marca o fim de uma era marcada por denúncias de autoritarismo e alegadas manobras internas durante o mandato de Vuma.
Em uma publicação que rapidamente viralizou nas redes sociais nesta quinta-feira (15), Tivane evocou a história de um “certo Homem” que ousou enfrentar estruturas internas utilizando o sistema judicial como ferramenta de resistência, mesmo sendo alvo de críticas dentro da própria organização.
“Em 2023 e no início de 2024, esse Homem foi atacado por tentar usar a justiça contra a tirania. Disseram-lhe que expor os problemas era traição, quando na verdade era coragem em defesa da democracia,” afirmou Tivane, com um tom carregado de ironia.
O político também criticou a suposta centralização de poder que caracterizou a presidência de Vuma, usando o termo “Vumarização” para descrever a tentativa de controlar a CTA de forma autocrática. Para Tivane, a eleição de Massingue representa uma vitória dos que resistiram ao sistema: “sem a coragem de juízes e advogados que impediram a manipulação eleitoral, hoje estaríamos entregues a interesses disfarçados de autoridade”.
No final da sua mensagem, Tivane deixou um recado direto a Massingue: “Que ele não repita os erros de Vuma. Que respeite os princípios do Estado de Direito que o levaram ao topo. Seria decepcionante ver um novo líder seguir o mesmo caminho de arrogância que um dia quase sufocou a CTA.”
