O clima na RENAMO está cada vez mais tenso e insustentável. Após as derrotas nas eleições autárquicas de 2023 e o desastre nas gerais de 2024, as vozes dentro e fora do partido estão mais altas do que nunca: “Momade fora!” é o grito que ecoa entre militantes e simpatizantes frustrados.

A liderança de Ossufo Momade é agora vista como o epicentro da decadência da RENAMO. “Não aprendeu nada com o passado ou quer terminar com a RENAMO?”, questiona um dos apoiantes desiludidos, refletindo a ira popular. Para muitos, os resultados das eleições de 2023 deveriam ter sido um sinal claro para Momade abandonar o cargo e permitir uma renovação interna. No entanto, o líder ignorou os alertas e insistiu em permanecer, “pintando-se” como a única opção, até ao desmoronamento completo nas urnas em 2024.

Enquanto Mariano Nhongo já não está e Venâncio Mondlane se levantava para denunciar os alegados esquemas da FRELIMO e defender a democracia, Ossufo Momade, segundo os críticos, permanecia em silêncio, num estado de inércia total. “Momade não lutou ao lado do povo. Dormiu, calou-se, deixou o barco afundar,” lamenta outro militante.

As críticas não se limitam ao fracasso eleitoral. A falta de projetos concretos, de visão política e de conexão com a população transformaram Ossufo numa figura cada vez mais rejeitada. “A RENAMO de Dhlakama era do povo. A de Momade é para matar a fome da sua família,” acusam membros da base, cansados daquilo que consideram um “velho ambulante, ambicioso e incompetente.”

Com a oposição fragmentada e a confiança pública em declínio, muitos acreditam que este seria o momento certo para o partido reestruturar-se, reaproximar-se do povo e preparar-se com firmeza para os próximos embates eleitorais. Porém, segundo a crítica popular, Momade continua a “dormir ao volante”.

A pressão interna é forte. A mobilização para a sua saída está a ganhar força nas províncias e nas redes sociais, com o movimento “Abaixo Ossufo Momade!” a crescer a cada dia. Para muitos, a única salvação da RENAMO é a sua retirada imediata.

“Ossufo Momade, largue o volante!” – dizem os moçambicanos que exigem mudanças reais e urgentes na oposição.

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