Apesar das recentes disputas internas, o partido PODEMOS, em Moçambique, descarta qualquer cenário de crise. As tensões surgiram após Alberto Ferreira, um dos concorrentes ao cargo de secretário-geral, recorrer à justiça com o objetivo de travar a realização da segunda volta do processo eleitoral interno.
Duclécio Chico, porta-voz do partido, esclareceu que o processo ainda está em curso e garantiu que será tratado pelas instâncias internas do PODEMOS. Em declarações à imprensa, Chico desvalorizou as acusações de Ferreira, classificando-as como “sem fundamento” e afirmou que o candidato já havia renunciado à disputa durante uma sessão do Conselho Central.
O PODEMOS, criado por dissidentes da FRELIMO, passou a ganhar destaque após manifestar apoio à candidatura presidencial de Venâncio Mondlane nas eleições de 2024. Sobre o ambiente interno, o partido assegura estar focado na formação e planeamento político, destacando que realiza a sua primeira Reunião Nacional de Formação como prova de sua coesão.
Relativamente às críticas feitas por Ferreira sobre supostas irregularidades cometidas pelo atual secretário-geral, Sebastião Mussanhane, o partido reafirma que a eleição foi conduzida com transparência, presença da imprensa e abertura para todos os concorrentes. A ausência de maioria absoluta no primeiro turno motivou a necessidade de uma segunda volta.
Questionado sobre os próximos passos, Duclécio Chico declarou que o partido possui órgãos internos, como o Conselho Central e o Conselho Político, preparados para tratar o caso com responsabilidade. “O PODEMOS continua comprometido com a sua organização e com o fortalecimento da democracia interna”, concluiu.
