O presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Zacarias Vuma, reagiu publicamente, por meio de uma extensa carta, às acusações e ataques que têm sido dirigidos à sua pessoa nos últimos tempos. Na missiva, Vuma revela que está a ser alvo de uma campanha sistemática com o intuito de destruir a sua imagem e integridade.
Vuma afirma que, por respeito à família, à CTA e ao público, não podia continuar em silêncio diante de tantas falsidades que, segundo ele, vêm sendo disseminadas de forma deliberada. O líder associativo relata que, no período de menos de um mês, foram emitidos vários despachos judiciais relacionados a providências cautelares movidas pela Câmara de Comércio de Moçambique (CCM), num contexto que descreve como confuso e manipulativo.
Entre os pontos apresentados, Vuma esclarece que a decisão inicial do tribunal visava suspender uma deliberação datada de 2017 — que, segundo ele, nunca existiu —, sendo posteriormente corrigida pelo próprio tribunal após a contestação da CTA. O processo, segundo afirma, evoluiu com determinações judiciais que a CTA cumpriu, incluindo a aceitação da participação provisória da CCM no processo eleitoral, mas que esta última não respeitou os prazos legais para submissão da sua candidatura.
O presidente da CTA reforça que a comissão eleitoral agiu dentro da legalidade ao não aceitar a candidatura da CCM, submetida quatro dias após o prazo estipulado pelo tribunal e fora dos limites definidos no regulamento interno. “A comissão eleitoral exerceu as suas competências com autonomia, e não houve, da nossa parte, qualquer desobediência judicial”, sublinha.
Vuma vai além e acusa figuras políticas e jurídicas de estarem a distorcer intencionalmente os acontecimentos, com o objetivo de manchar a sua reputação. Chega mesmo a relembrar que foi vítima de uma tentativa de homicídio em 2020, alegadamente orquestrada por interesses obscuros que hoje voltam à carga com novas estratégias de destruição de imagem.
Na carta, não poupa críticas a determinados membros do seu próprio partido, acusando-os de conivência e de financiar campanhas de desinformação, incluindo tentativas de fabricar falsas detenções. Ele denuncia ainda interferências graves, como a alegada manipulação de provas médicas no seu processo de tentativa de assassinato.
A concluir, Vuma faz um apelo ao fim das campanhas de difamação e ao respeito pelas instituições e pelos processos internos da CTA. Deixa claro que, mesmo com o fim do seu mandato à vista, recorrerá a todos os meios legais para garantir a reposição do seu bom nome e responsabilização dos que considera culpados.
“Não sou a CTA, apenas faço parte dela. Parem de transformar a instituição num palco de interesses pessoais e ataques gratuitos”, finaliza Agostinho Vuma.