As bancadas parlamentares da oposição – RENAMO, MDM e PODEMOS – votaram contra o Plano Quinquenal do Governo (PQG) 2025-2029, alegando que o documento não responde adequadamente aos desafios que o país enfrenta. A FRELIMO, partido no poder, aprovou o documento, considerando-o alinhado com os interesses do povo moçambicano.
Segundo Arnaldo Chalaua, representante da RENAMO, a proposta deriva do manifesto eleitoral da FRELIMO nas eleições de 2024. Por isso, para a oposição, apoiar o PQG seria contrariar a vontade popular expressa nas urnas. “Votar favoravelmente seria como trair o povo. O programa reflete os resultados eleitorais que deixaram muitos cidadãos desiludidos e sem confiança nas instituições”, afirmou Chalaua. Ele ainda acusou o Conselho Constitucional, tribunais e forças de segurança de legitimarem uma suposta fraude eleitoral.
O PODEMOS, por sua vez, sustentou que o documento falha em apresentar soluções práticas para os problemas que afetam diariamente os moçambicanos. Ivandro Massingue, porta-voz do partido, destacou que o plano não enfrenta as causas da instabilidade sociopolítica no país, e alertou para o risco de novas convulsões sociais caso os problemas estruturais continuem ignorados.
Já o MDM criticou o documento por não trazer propostas concretas para combater a pobreza, reduzir desigualdades ou melhorar as condições de habitação. A bancada apontou a ausência de metas realistas que impactem positivamente a vida da maioria da população. “Mesmo após 50 anos de independência, grande parte dos moçambicanos ainda vive em condições precárias, com casas cobertas de capim, e o plano não apresenta respostas para mudar esse cenário”, frisou um dos deputados.
Em contraponto, Dias Letela, em nome da bancada da FRELIMO, afirmou que o PQG 2025-2029 traz diretrizes claras para elevar o nível de vida das famílias, reforçando que o plano inclui estratégias eficazes para impulsionar o crescimento económico e social de Moçambique.
Oposição Rejeita Plano do Governo e Acusa FRELIMO de Trair o Povo
