Uma antiga profecia de 1.000 anos reaparece após eleição do novo Papa — e alerta para o fim dos tempos
No dia 8 de maio de 2025, o Vaticano anunciou oficialmente o cardeal Robert Prevost como o novo chefe da Igreja Católica, adotando o nome de Papa Leão XIV. Sua escolha aconteceu após a morte do Papa Francisco, ocorrida em 22 de abril, encerrando um conclave cercado de grande atenção mundial. Nascido em Chicago, com cidadania norte-americana e peruana, Prevost, de 69 anos, é amplamente respeitado por seu trabalho pastoral junto a comunidades carentes da América Latina. Enquanto muitos fiéis celebram o novo pontífice, uma antiga previsão voltou a inquietar a internet.
Trata-se da chamada Profecia dos Papas, atribuída ao arcebispo irlandês São Malaquias, datada do século XII. Segundo o texto, apenas 112 papas ocupariam o trono de Pedro antes de uma era de destruição e julgamento final. O último deles seria chamado de “Pedro, o Romano”, e seu papado estaria marcado por tribulações que culminariam com o fim de Roma e do mundo como o conhecemos.
A eleição do Papa Leão XIV despertou curiosidade justamente por esse detalhe: ele seria, segundo alguns estudiosos da profecia, o 112º pontífice na lista. Isso levou muitos a especularem que ele seria o “último papa” previsto por Malaquias, mesmo que seu nome de nascimento — Robert Francis Prevost — não tenha nenhuma ligação direta com “Pedro”.
Além disso, o título “o Romano” também não parece se encaixar, já que Prevost é americano e peruano, sem raízes italianas. Vale lembrar que até o Papa Francisco já havia sido apontado por alguns como o possível “Pedro profetizado”, mas a ideia perdeu força por falta de evidências claras.
A autenticidade da profecia sempre foi alvo de debate. Muitos historiadores destacam que o texto só se tornou conhecido no século XVI — quatro séculos após a morte de São Malaquias —, o que levanta suspeitas sobre sua origem. Em 2013, o teólogo Josh Canning, do Centro Newman de Toronto, declarou em entrevista à Global News que não existem provas concretas ligando qualquer papa moderno à figura profética de “Pedro, o Romano”.
Apesar do ceticismo acadêmico, a ideia continua popular. Fóruns, redes sociais e canais de mistério seguem debatendo se fenômenos como pandemias, guerras ou catástrofes naturais seriam os sinais do fim previstos pela profecia. No entanto, teólogos ressaltam a importância de focar no presente e nos desafios reais da Igreja.
O Papa Leão XIV assume o Vaticano em um contexto global delicado: há tensões sociais, desafios relacionados à juventude, à inclusão, aos escândalos e à pluralidade cultural entre os mais de 1,3 bilhão de católicos. Sua missão exigirá equilíbrio entre tradição e modernidade.
Enquanto os sinos do Vaticano anunciam o novo líder espiritual, cresce também a curiosidade sobre como será lembrado seu pontificado: pelas reformas e ações na Igreja — ou por estar no centro de uma profecia milenar que desperta medo e fascínio. Uma coisa é certa: mesmo em tempos de tecnologia e ciência, histórias antigas ainda têm poder de moldar nossa visão sobre o futuro.